Consuma proteínas sem precisar chegar perto de carne vermelha

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Rica em proteína, a carne vermelha pode ser substituída do cardápio por opções igualmente fontes mais saudáveis desse nutriente. “Ovos, cogumelos, sementes e laticínios são apenas alguns exemplos de alimentos que carregam proteínas”, explica a nutróloga Tamara Mazaracki, membro da Associação Brasileira de Nutrologia.

Reduzir a quantidade de carnes do cardápio pode fazer um bem enorme à saúde. Um estudo realizado pela Universidade de Harvard (EUA), feito com mais de 120 mil pessoas ao longo de 20 anos, mostrou que as pessoas que comem menos carne vermelha podem viver mais tempo e ter menos riscos de doenças cardíacas do que aquelas que ingerem regularmente hambúrgueres, carnes e alimentos processados como bacon, salsicha e linguiça.

Mas o importante é fazer substituições inteligentes, que se adaptem ao estilo de vida e às preferências de cada um. Para os dias em que você vai deixar as carnes de fora do prato, é preciso apenas fazer boas escolhas.

Logo abaixo, você confere uma lista de opções aprovadas por especialistas.

Ovos

A nutricionista Aline Martins, da USP, reforça a lista de motivos para tirar as carnes vermelhas da dieta: o consumo excessivo, principalmente da vermelha e processada, está relacionado com o aumento do risco de doenças cardiovasculares e câncer, as principais causas de morte no Brasil e no mundo. Para substitui-las, os ovos são uma ótima e saborosa opção. Um ovo de galinha pode ter até 9 gramas de proteínas, poucas calorias, além de vários nutrientes e certa quantidade de vitamina b12 (encontrada principalmente nas carnes vermelhas). Tudo isso ajuda a entender porque ele é o principal aliado de quem decide adotar uma dieta ovolactovegetariana – aquela que abrange o consumo de derivados de leite e ovos. Porém é importante ficar esperto quanto ao modo de preparo. Evite consumir os ovos fritos em muito óleo, nem totalmente ‘bem passados’, quando as bordas começam a se queimar – isso é um sinal de que o alimento está cheio de gordura saturada.

O ovo ideal é aquele cozido em três a quatro minutos, que fica com a gema levemente mole – o excesso de cozimento pode levar à saturação das vitaminas.

 

Grãos

O Ministério da Saúde recomenda o consumo de cerca de 100 gramas de carne por dia. A quantidade é pequena, considerando o hábito dos brasileiros, que costumam ser fãs do alimento. Por isso, na hora de substituir a carne, consumir grãos de vários tipos ajuda a sustentar uma alimentação rica em proteínas. Arroz e feijão, por exemplo, é uma ótima combinação proteica, mas também dá para variar o cardápio com lentilhas, ervilhas, milho e muitos outros.

Além de deixar o prato mais gostoso e rico em proteínas, os grãos são ricos em fibras, o que melhora a digestão, e também despertam a saciedade, o que fará você comer menos em uma refeição. Com essa variedade, também é mais fácil suprir, além da proteína, outros aminoácidos essenciais que o corpo não produz.

 

Laticínios

Não é necessário ser vegetariano para aproveitar os benefícios de outros alimentos repletos de proteínas. Na Inglaterra, por exemplo, Paul McCartney e sua filha promovem a ideia da Segunda-Feira Sem Carne (Meatless Monday, em inglês), que propõe deixar as carnes de lado pelo menos no primeiro dia útil da semana. A intenção principal é alertar sobre os malefícios que os excessos da carne vermelha traz ao corpo, ao meio ambiente e à economia, já que é também um ingrediente caro.

Se você decidir adotar algum projeto como este, pode preencher seu cardápio com muitas opções, principalmente entre os laticínios. Além de serem muito saborosos, leite e seus derivados, como queijos e iogurtes, ajudam a enriquecer qualquer refeição. A nutróloga explica o motivo: “eles são compostos por três partes praticamente iguais de proteínas, carboidratos e gorduras, o que os torna alimentos muito completos”.

Nesse caso, a opção é misturar com outros ingredientes e deixar o prato ainda mais completo, como em uma omelete. Mas prefira as opções de leite e iogurtes desnatados e versões de queijo branco. Os queijos amarelos são ricos em gorduras saturadas. O consumo em excesso, portanto, pode ser nocivo à saúde do organismo.

Folhas

Já que a palavra-chave é ‘variedade’, não é surpresa que o ideal seja diversificar também os tipos de folha nas diferentes refeições. Uma compensa o nutriente que a outra não oferece. “E tanto faz consumi-las cozidas, refogadas ou cruas, na salada – o importante é incluir todas elas na alimentação”. Apesar de não serem substitutas das carnes, elas têm nutrientes que ajudam a proteína dos outros alimentos a ser mais bem absorvida, o que também é essencial em uma dieta vegetariana. Além disso, são ricas em carboidratos, água e fibra, o que dá energia para fazer as atividades do dia a dia e facilita a digestão.

Cogumelos

A variedade deles atende a todos os gostos: paris, shitake, shimeji, funghi… Para entender melhor o poder deles: 100 gramas de cogumelo pronto (já sem a água) tem a mesma quantidade de proteína que um pedaço de 100 gramas de carne vermelha. Qualquer tipo de cogumelo pode ser consumido de duas a três vezes por semana, pois, além das proteínas, também contém nutrientes que estimulam o desenvolvimento do sistema imunológico. Mas evite consumi-los regados no molho shoyo, que é rico em sódio, um mineral que pode provocar retenção de líquido e ainda favorecer a hipertensão.

 

Quinua

Entre os grãos, a quinua merece destaque. Com altíssimo teor de proteína, ela é também muito versátil: pode ser consumida em flocos no suco ou no iogurte e a semente pode ser cozida e consumida em substituição ao arroz ou até mesmo complementando outros grãos. Uma boa dica são as massas à base de quinua: diferente das feitas de trigo, são também muito gostosas e uma forma inteligente de variar o cardápio. Outra notícia interessante é que o grão não possui contraindicações, então pode ser consumida por qualquer pessoa.

 

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